Capitulo 21
Os Documentos da Verdade
Em três lugares da Terra foram escondidos os documentos da
verdade. Quando a humanidade vier a descobrir esses documentos muitas coisas
mudarão.
Edgar
Cayce
O chefe
da guarda e o Papa preparam-se para saírem da sala sagrada. Ao tentarem, a
porta por onde entraram estava trancada.
-
O que faremos para sair daqui Santidade?
-
Tenha calma chefe essa porta abre pelos dois lados. Por favor, segure o Grande
Sétimo enquanto eu tento abri-la.
Quando
conseguiram um tempo, o chefe da guarda, o secretário e o Papa dirigiram-se
novamente às catacumbas do Vaticano. Ao se prostrarem na entrada das catacumbas
antes de entrarem pelo corredor que levaria ao mural que possuía a passagem
secreta para a sala sagrada o Papa pediu ao seu chefe da guarda:
- Chefe, por
favor, posicione alguns de seus soldados lá no início da entrada das catacumbas
e você fique aqui no começo do corredor de vigia para que ninguém verifique o
que estamos fazendo.
- Sim
Santidade fique tranquilo. Ficaremos atentos a todos os movimentos.
Os dois
homens dirigiram-se para o corredor em que se encontrava o mural dos dois anjos.
Ao se aproximarem o Papa fez questão de observar detalhadamente a entrada, pois
uma das coisas que mais lhe preocupava por aqueles dias era se de alguma forma
aqueles que vinham vigiando os seus passos tivessem conseguido entrar na sala
sagrada. Olhou detalhe por detalhe no mural.
- Tentaram
violar a entrada.
- Como o
senhor sabe disso Santidade?
- Quando
estive aqui pela ultima vez deixei uma espécie de lacre com algodão de minha
batina em um dos feches e ele não está no lugar.
- Será que
conseguiram as informações que vossa Santidade procura?
- Veremos,
secretário. – então o Papa pegou o anel com o símbolo de Salomão que sempre
agora trazia consigo e procurou destravar os quatro cantos da porta em formato
de mural. Depois tentaram empurrar a porta e não conseguiram, chamaram então o
chefe da guarda e só assim arrastaram a porta do mural.
Seguiram assim
os dois homens pelo corredor que levaria à Sala Sagrada. Os dois carregavam
consigo cada um uma lanterna que o Papa havia pedido ao secretário que trouxesse.
Ao chegarem ao fim do corredor o Santo Padre pegou novamente seu anel para
abrir a porta da sala sagrada.
- Aqui não
sei dizer se mexeram ou não porque tudo está sempre meio escuro, espero que não
tenham violado o Grande Sétimo. – falou o Papa e pedindo – por favor, amigo me
ajude com essa porta.
Assim que a
porta abriu o Santo Padre correu com seus anéis para retirar novamente o
mármore que cobria o Grande Sétimo. Ao conseguir abrir e levantar a pedra e ver
que a joia estava lá intacta o Papa sentou-se no chão agradecendo aos céus por
conseguir estar ali novamente. O pequeno altar onde se encontrava a pedra
começou a se erguer para fora daquela espécie de baú e isso fez com que o seu
secretário ficasse estático sem saber o que pensar, o que dizer, o que sentir,
o que vivenciar diante da presença daquela pedra rara.
- Vamos
tentar tirá-la do seu lugar secretário – disse o Papa tirando seu amigo do
transe em que se encontrava.
- E como se
faz isso, Santidade?
- Também não
sei amigo quando estive aqui pela última vez com monge Miguel ficamos tão
encantados com tudo isso e preocupados com tantas informações que estávamos desvendando
que acabamos não tocando nessa joia.
- Acho
melhor Vossa Santidade tentar.
O Papa então
se dirigiu ao centro da sala e colocou suas mãos sobre a pedra. Ela estava
encaixada de forma perfeita sem um fio de folga em algo parecido com um porta-joias.
Era lapidada de forma hexagonal e tinha três faixas que corriam por um lado se
encontravam pelo outro da pedra. O seu dourado era deslumbrante.
- Não parece
ser algo deste mundo Santidade! – falou o secretario que tinha os olhos
castanhos claros e naquele instante pareciam brilhar um dourado de amanhecer.
O mundo vive
de encantamentos.
- Tive a
mesma sensação a de que isso teria vindo das estrelas. – disse o Papa segurando
a joia com todo cuidado possível.
- Ela
possuía alguma abertura Santidade, ou alguma inscrição que pudesse nos dar
pistas sobre o que é tudo isso que nos cerca?
O Papa virou
a pedra de um lado para o outro, aproximou-a de seus olhos para ver se tinha
algum detalhe e nada de diferente parecia existir. Enquanto isso o secretário
um homem curioso por natureza já estava olhando aquele centro dourado que era o
porta-joias da pedra.
- Santidade
onde foram encontrados os seis pergaminhos?
- Você vê essas
seis células ao redor da pedra? Eles estavam encaixados perfeitamente nesses seis
espaços em forma de colmeias.
O secretário
então começou a mexer naquelas parecidas colmeias douradas. Olhou daqui, olhou
dali e foi quando percebeu que no fundo de onde o Papa havia tirado a joia
também tinha uma espécie de fechadura como aquela que se encontrava lá na
entrada do mural.
- Santidade,
parece que no fundo do porta-joias temos também uma fechadura – falou o
secretário colocando sua mão até perto do cotovelo no fundo do local.
O Papa então
passou o Grande Sétimo para as mãos do secretário e colocou o seu anel na
abertura que realmente parecia ser outra fechadura. Ao mover mão aconteceu um
destravamento e o fundo do porta-joias se tornou removível. O fundo na verdade
era uma tampa que retirada mostrou um buraco de onde pode se ver três estojos
de um material que eles aparentemente desconheciam. O secretário então
automaticamente devolveu a joia ao Papa e buscou retirar o que pareciam ser
três pergaminhos. Assim que colocou os estojos no chão da sala sagrada fez um
pedido:
- Posso
tentar abri-los, Santidade?
- Fique a
vontade amigo, tomara que tenhamos realmente encontrado as ultimas peças que
finalmente preencherão nosso mosaico.
Tremendo
interiormente o secretário começou sua tentativa de abrir os três estojos.
Olhou buscando inspiração porque procurava uma escolha intuitiva. Pegou então
um dos estojos e retirou a sua tampa. Olhando atentamente pode ver duas hastes
que pareciam ser confeccionadas de algum tipo de marfim. Com todo cuidado
colocou aquele canudo de metal em posição horizontal com a finalidade de não
fazer nenhum esforço para retirar o que ele acreditada ser algum tipo de
escrita. Os dois rolos correram para fora do estojo e saíram deles escritos que
pareciam ter sido grafados a alguns dias atrás. Os dois homens ficaram
impressionados ao verem que aquela espécie de capsula guardava letras douradas escritas
naquilo que era algo entre papel ou pano ou algo parecido com as duas coisas.
- Meu Deus.
– pronunciou o secretário desenrolando lentamente com as duas mãos o
pergaminho.
O Papa então
devolveu o Grande Sétimo ao seu porta-joias com a intenção de ajudar o
secretário na leitura do pergaminho que estava se revelando.
- Amigo o
que temos aí de importante?
- Santidade,
o senhor não vai acreditar este pergaminho está escrito em aramaico!
- Aramaico!
Como assim secretário?
- A língua
original de Jesus, e o que é pior não tenho conhecimento profundo da língua.
- Tudo bem
amigo, vamos abrir outro pergaminho.
Dessa vez o
Papa escolheu um dos dois estojos e tirou a tampa, encontrou também as duas
hastes e nelas enroladas um novo pergaminho.
- Esse está
escrito em latim não é mesmo secretário, ou estou enganado? – perguntou o Papa
desenrolando lentamente o pergaminho.
- Sim, esse
sou capaz de fazer uma leitura mesmo que superficial, Santidade.
- E o que
está dizendo? – disse o Papa passando o pergaminho ao seu secretário.
- Ele está
se referindo aos locais em que foram colocados os seis símbolos que estão nas
portas desta sala. – falou o secretário olhando para as portas ao seu redor.
- Os
símbolos?
- Sim, aqui
se diz que eles fazem parte atuante de algum tipo de energia. – respondeu o
secretário desenrolando lentamente o pergaminho.
- Esses
símbolos estavam também nos seis pergaminhos que encontramos anteriormente não
é isso?
- É mesmo,
eles encabeçavam os seis pergaminhos assim como estão dispostos em cada uma
dessas portas.
- Lembro-me
de que também tínhamos letras ou números no cabeçário dos pergaminhos. Nele diz
alguma coisa sobre o significado de cada um? – disse o Papa olhando agora para
o secretário.
- Realmente
como imaginávamos são números que aparentemente se referem a localização de
seis diferentes lugares. E mais, aqui estão os desenhos onde cada símbolo pode
ser encontrado e de que forma foram guardados. Eles parecem estar se referindo
a seis igrejas e onde eles deviam estar colocados quando da construção das
mesmas.
- O que mais
de importante temos no pergaminho secretário?
- Não sei
dizer exatamente. Tenho a impressão aparente de que os três pergaminhos se
completam e esse é a parte a que se referem aos seis símbolos que se encaixam
nessas portas e onde eles parecem ter sido escondidos.
- Vamos
tentar então verificar o que temos no terceiro estojo, talvez ele nos ajude a
entender melhor o que estamos vivendo aqui já que do primeiro não conseguimos
tirar informações imediatas.
O secretário
realizou então a mesma operação de abertura anterior com o estojo que continha
o terceiro pergaminho. Pacientemente retirou a tampa e cuidadosamente retirou o
terceiro pergaminho.
- O que
temos agora secretário?
- Santidade,
não posso acreditar está escrito em grego e aparentemente no final temos as
mesmas letras hebraicas que encontramos nos outros seis pergaminhos que estão
sendo analisados pelo monge Miguel.
- Estava
imaginando, se existisse uma terceira língua nesses pergaminhos seria o grego
koiné que era uma escrita muito utilizada quando foram feitos os escritos do Novo
Testamento bíblico.
- Não domino
a língua Santidade, posso ler de uma forma geral sem ter certeza do que estou
traduzindo.
- Sem
problemas amigo, veja o que pode fazer, depois faremos uma pesquisa minuciosa
sobre tudo isso.
-
Aparentemente o pergaminho diz o que deve ser feito para que as portas da Nova Jerusalém
se abram para o povo escolhido. Como se fosse um manual ele procura ensinar
como se utilizar dessa sala sagrada para sinalizar o retorno de uma Força
Cristica.
- Não sei se
estou entendendo, tudo isso aqui é uma forma de manifestar uma força que
desconhecemos! – falou o Papa olhando para o pergaminho tentando localizar
algum sinal que pudesse ajudar a desvendar o que estava escrito.
- O escrito
diz que esse lugar permite que uma porta se abra para que o céu e terra se
toquem.
- Um
portal... – disse o Papa.
- Provavelmente
Santidade e esse terceiro pergaminho que abrimos é o manual que ensina como
ativar o portal.
- Vamos
tentar fazer a leitura do primeiro pergaminho que abrimos, pois ele deve
desvendar a história disso tudo e depois não vamos poder nos apropriar de tudo
isso. Vamos ter que distribuí-los por outros cantos da Terra para que ninguém
consiga entender esses documentos da verdade.
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