quinta-feira, 7 de março de 2013

Capítulo 21 - OS DOCUMENTOS DA VERDADE


Capitulo 21
Os Documentos da Verdade
                                                                                                                            
                                                                         

              

Em três lugares da Terra foram escondidos os documentos da verdade. Quando a humanidade vier a descobrir esses documentos muitas coisas mudarão.  
                                                           Edgar Cayce



O chefe da guarda e o Papa preparam-se para saírem da sala sagrada. Ao tentarem, a porta por onde entraram estava trancada.
- O que faremos para sair daqui Santidade?
- Tenha calma chefe essa porta abre pelos dois lados. Por favor, segure o Grande Sétimo enquanto eu tento abri-la.






Quando conseguiram um tempo, o chefe da guarda, o secretário e o Papa dirigiram-se novamente às catacumbas do Vaticano. Ao se prostrarem na entrada das catacumbas antes de entrarem pelo corredor que levaria ao mural que possuía a passagem secreta para a sala sagrada o Papa pediu ao seu chefe da guarda:
- Chefe, por favor, posicione alguns de seus soldados lá no início da entrada das catacumbas e você fique aqui no começo do corredor de vigia para que ninguém verifique o que estamos fazendo.
- Sim Santidade fique tranquilo. Ficaremos atentos a todos os movimentos.
Os dois homens dirigiram-se para o corredor em que se encontrava o mural dos dois anjos. Ao se aproximarem o Papa fez questão de observar detalhadamente a entrada, pois uma das coisas que mais lhe preocupava por aqueles dias era se de alguma forma aqueles que vinham vigiando os seus passos tivessem conseguido entrar na sala sagrada. Olhou detalhe por detalhe no mural.
- Tentaram violar a entrada.
- Como o senhor sabe disso Santidade?
- Quando estive aqui pela ultima vez deixei uma espécie de lacre com algodão de minha batina em um dos feches e ele não está no lugar.
- Será que conseguiram as informações que vossa Santidade procura?
- Veremos, secretário. – então o Papa pegou o anel com o símbolo de Salomão que sempre agora trazia consigo e procurou destravar os quatro cantos da porta em formato de mural. Depois tentaram empurrar a porta e não conseguiram, chamaram então o chefe da guarda e só assim arrastaram a porta do mural.
Seguiram assim os dois homens pelo corredor que levaria à Sala Sagrada. Os dois carregavam consigo cada um uma lanterna que o Papa havia pedido ao secretário que trouxesse. Ao chegarem ao fim do corredor o Santo Padre pegou novamente seu anel para abrir a porta da sala sagrada.
- Aqui não sei dizer se mexeram ou não porque tudo está sempre meio escuro, espero que não tenham violado o Grande Sétimo. – falou o Papa e pedindo – por favor, amigo me ajude com essa porta.
Assim que a porta abriu o Santo Padre correu com seus anéis para retirar novamente o mármore que cobria o Grande Sétimo. Ao conseguir abrir e levantar a pedra e ver que a joia estava lá intacta o Papa sentou-se no chão agradecendo aos céus por conseguir estar ali novamente. O pequeno altar onde se encontrava a pedra começou a se erguer para fora daquela espécie de baú e isso fez com que o seu secretário ficasse estático sem saber o que pensar, o que dizer, o que sentir, o que vivenciar diante da presença daquela pedra rara.
- Vamos tentar tirá-la do seu lugar secretário – disse o Papa tirando seu amigo do transe em que se encontrava.
- E como se faz isso, Santidade?
- Também não sei amigo quando estive aqui pela última vez com monge Miguel ficamos tão encantados com tudo isso e preocupados com tantas informações que estávamos desvendando que acabamos não tocando nessa joia.
- Acho melhor Vossa Santidade tentar.
O Papa então se dirigiu ao centro da sala e colocou suas mãos sobre a pedra. Ela estava encaixada de forma perfeita sem um fio de folga em algo parecido com um porta-joias. Era lapidada de forma hexagonal e tinha três faixas que corriam por um lado se encontravam pelo outro da pedra. O seu dourado era deslumbrante.
- Não parece ser algo deste mundo Santidade! – falou o secretario que tinha os olhos castanhos claros e naquele instante pareciam brilhar um dourado de amanhecer.
O mundo vive de encantamentos.
- Tive a mesma sensação a de que isso teria vindo das estrelas. – disse o Papa segurando a joia com todo cuidado possível.
- Ela possuía alguma abertura Santidade, ou alguma inscrição que pudesse nos dar pistas sobre o que é tudo isso que nos cerca?
O Papa virou a pedra de um lado para o outro, aproximou-a de seus olhos para ver se tinha algum detalhe e nada de diferente parecia existir. Enquanto isso o secretário um homem curioso por natureza já estava olhando aquele centro dourado que era o porta-joias da pedra.
- Santidade onde foram encontrados os seis pergaminhos?
- Você vê essas seis células ao redor da pedra? Eles estavam encaixados perfeitamente nesses seis espaços em forma de colmeias.
O secretário então começou a mexer naquelas parecidas colmeias douradas. Olhou daqui, olhou dali e foi quando percebeu que no fundo de onde o Papa havia tirado a joia também tinha uma espécie de fechadura como aquela que se encontrava lá na entrada do mural.
- Santidade, parece que no fundo do porta-joias temos também uma fechadura – falou o secretário colocando sua mão até perto do cotovelo no fundo do local.
O Papa então passou o Grande Sétimo para as mãos do secretário e colocou o seu anel na abertura que realmente parecia ser outra fechadura. Ao mover mão aconteceu um destravamento e o fundo do porta-joias se tornou removível. O fundo na verdade era uma tampa que retirada mostrou um buraco de onde pode se ver três estojos de um material que eles aparentemente desconheciam. O secretário então automaticamente devolveu a joia ao Papa e buscou retirar o que pareciam ser três pergaminhos. Assim que colocou os estojos no chão da sala sagrada fez um pedido:
- Posso tentar abri-los, Santidade?
- Fique a vontade amigo, tomara que tenhamos realmente encontrado as ultimas peças que finalmente preencherão nosso mosaico.
  
Tremendo interiormente o secretário começou sua tentativa de abrir os três estojos. Olhou buscando inspiração porque procurava uma escolha intuitiva. Pegou então um dos estojos e retirou a sua tampa. Olhando atentamente pode ver duas hastes que pareciam ser confeccionadas de algum tipo de marfim. Com todo cuidado colocou aquele canudo de metal em posição horizontal com a finalidade de não fazer nenhum esforço para retirar o que ele acreditada ser algum tipo de escrita. Os dois rolos correram para fora do estojo e saíram deles escritos que pareciam ter sido grafados a alguns dias atrás. Os dois homens ficaram impressionados ao verem que aquela espécie de capsula guardava letras douradas escritas naquilo que era algo entre papel ou pano ou algo parecido com as duas coisas.
- Meu Deus. – pronunciou o secretário desenrolando lentamente com as duas mãos o pergaminho.
O Papa então devolveu o Grande Sétimo ao seu porta-joias com a intenção de ajudar o secretário na leitura do pergaminho que estava se revelando.
- Amigo o que temos aí de importante?
- Santidade, o senhor não vai acreditar este pergaminho está escrito em aramaico!
- Aramaico! Como assim secretário?
- A língua original de Jesus, e o que é pior não tenho conhecimento profundo da língua.
- Tudo bem amigo, vamos abrir outro pergaminho.
Dessa vez o Papa escolheu um dos dois estojos e tirou a tampa, encontrou também as duas hastes e nelas enroladas um novo pergaminho.
- Esse está escrito em latim não é mesmo secretário, ou estou enganado? – perguntou o Papa desenrolando lentamente o pergaminho.
- Sim, esse sou capaz de fazer uma leitura mesmo que superficial, Santidade.
- E o que está dizendo? – disse o Papa passando o pergaminho ao seu secretário.
- Ele está se referindo aos locais em que foram colocados os seis símbolos que estão nas portas desta sala. – falou o secretário olhando para as portas ao seu redor.
- Os símbolos?
- Sim, aqui se diz que eles fazem parte atuante de algum tipo de energia. – respondeu o secretário desenrolando lentamente o pergaminho.
- Esses símbolos estavam também nos seis pergaminhos que encontramos anteriormente não é isso?
- É mesmo, eles encabeçavam os seis pergaminhos assim como estão dispostos em cada uma dessas portas.
- Lembro-me de que também tínhamos letras ou números no cabeçário dos pergaminhos. Nele diz alguma coisa sobre o significado de cada um? – disse o Papa olhando agora para o secretário.
- Realmente como imaginávamos são números que aparentemente se referem a localização de seis diferentes lugares. E mais, aqui estão os desenhos onde cada símbolo pode ser encontrado e de que forma foram guardados. Eles parecem estar se referindo a seis igrejas e onde eles deviam estar colocados quando da construção das mesmas.
- O que mais de importante temos no pergaminho secretário?
- Não sei dizer exatamente. Tenho a impressão aparente de que os três pergaminhos se completam e esse é a parte a que se referem aos seis símbolos que se encaixam nessas portas e onde eles parecem ter sido escondidos.
- Vamos tentar então verificar o que temos no terceiro estojo, talvez ele nos ajude a entender melhor o que estamos vivendo aqui já que do primeiro não conseguimos tirar informações imediatas.
O secretário realizou então a mesma operação de abertura anterior com o estojo que continha o terceiro pergaminho. Pacientemente retirou a tampa e cuidadosamente retirou o terceiro pergaminho.
- O que temos agora secretário?
- Santidade, não posso acreditar está escrito em grego e aparentemente no final temos as mesmas letras hebraicas que encontramos nos outros seis pergaminhos que estão sendo analisados pelo monge Miguel.
- Estava imaginando, se existisse uma terceira língua nesses pergaminhos seria o grego koiné que era uma escrita muito utilizada quando foram feitos os escritos do Novo Testamento bíblico.
- Não domino a língua Santidade, posso ler de uma forma geral sem ter certeza do que estou traduzindo.
- Sem problemas amigo, veja o que pode fazer, depois faremos uma pesquisa minuciosa sobre tudo isso.
- Aparentemente o pergaminho diz o que deve ser feito para que as portas da Nova Jerusalém se abram para o povo escolhido. Como se fosse um manual ele procura ensinar como se utilizar dessa sala sagrada para sinalizar o retorno de uma Força Cristica.
- Não sei se estou entendendo, tudo isso aqui é uma forma de manifestar uma força que desconhecemos! – falou o Papa olhando para o pergaminho tentando localizar algum sinal que pudesse ajudar a desvendar o que estava escrito.
- O escrito diz que esse lugar permite que uma porta se abra para que o céu e terra se toquem.
- Um portal... – disse o Papa.
- Provavelmente Santidade e esse terceiro pergaminho que abrimos é o manual que ensina como ativar o portal.
- Vamos tentar fazer a leitura do primeiro pergaminho que abrimos, pois ele deve desvendar a história disso tudo e depois não vamos poder nos apropriar de tudo isso. Vamos ter que distribuí-los por outros cantos da Terra para que ninguém consiga entender esses documentos da verdade.

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