terça-feira, 26 de março de 2013

Capítulo 37 - A FORÇA CRÍSTICA


Capítulo 37
 A FORÇA CRÍSTICA
                                                                                                                            
                                                                         


              

 “Vi então descer do céu um anjo que trazia nas mãos a chave do abismo e uma grande corrente. Ele agarrou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos. Lanço-o no abismo, que foi trancado e selado, para que o dragão não seduzisse mais as nações até o fim dos mil anos.”
                                                                       Apocalipse de João




A explosão foi tamanha que derrubou a porta sobre o falso profeta e os soldados que estavam logo atrás dele. O Santo Padre e o Chefe da Guarda Suíça com alguns soldados foram parar no chão. Os soldados que conseguiram levantar correram tentando ver o que tinha ocorrido com o filho do mal. Passaram por cima da porta caída e ao entrarem na Sala Sagrada viram seu corpo completamente queimado. Desesperados, os soldados que sobraram voltaram correndo pelo corredor por onde tinham entrado na direção da saída.
O Chefe da Guarda procurou então socorrer o Santo Padre logo após toda aquela poeira ter diminuído acreditando que ele não teria conseguido sobreviver.
- Precisamos sair desses túneis o mais urgente possível Santidade. – falou o Chefe da Guarda percebendo que o Santo Padre ainda se encontrava vivo.
- Temos que antes resgatarmos o Grande Sétimo. – falou o Papa tentando se erguer daquela confusão.
- Santidade, não deve ter sobrado nada depois daquela explosão.
- Mesmo assim temos que saber o que aconteceu com a Sala Sagrada. – disse o Papa já se dirigindo para o lado oposto da saída.
O Chefe da Guarda foi convencido pela determinação do Santo Padre e teve que acompanha-lo para o centro da Sala Sagrada. Todas as portas estavam caídas e perto de uma delas estava o filho do mal todo queimado pela energia que se desprendeu daquele evento. O cheiro do cadáver era horrível.
- Precisamos retirar as relíquias. – falou o Santo Padre se dirigindo ao Grande Sétimo – por favor, Chefe retire as relíquias das portas.
- Espere Santidade. – disse uma voz que vinha da porta de entrada.
O Papa e o Chefe da Guarda ficaram novamente assustados sem reconhecer aquele homem todo coberto de poeira.
- Sou eu Santidade o monge Miguel.
- Filho você está vivo? – falou o Papa surpreso ao olhar o homem completamente empoeirado.
- Precisamos tentar fazer a verdadeira religação entre o céu e a terra, Santidade.
- O filho do mal já tentou e não conseguiu meu jovem.
- Passei as informações erradas à ele. – disse o monge querendo sorrir e não conseguindo.
- Como assim?
- Disse-lhe que tinha que recitar o salmo 121 em grego e pelo jeito não funcionou. Aqui está Santidade a forma original em hebraico antigo que deve ser recitada. Talvez Vossa Santidade consiga abrir as portas dos céus para este mundo.
- As portas estão destruídas, provavelmente não conseguiremos realizar essa façanha. – disse o Papa e logo se contrariando. – Você tem razão meu jovem, devemos tentar.
O Santo Padre então dirigiu-se ao jovem monge e pegou o papel que ele trazia consigo com o salmo a ser recitado na língua original em hebraico.
- Acho melhor vocês se retirarem para não correrem o risco de serem derretidos por essa força.
- Se Vossa Santidade permitir gostaria de estar presente nesse evento. – falou o monge.
- Também gostaria de ficar, mesmo porque não temos mais nenhuma porta para fechar. – falou o Chefe da guarda.
- Está bem, que seja feita a vontade de Deus em nossas vidas. – disse o Papa
O Santo Padre então tomou em suas mãos e começou a pronunciar o salmo 121 em sua língua original. Não encontrou dificuldades, pois já havia visto essas palavras antes no pergaminho. Ao pronunciar os primeiros sons, os símbolos que estavam mesmo nas portas caídas começaram a se acender e brilhar individualmente como pequenos sóis. A luz que eles emitiam se direcionou para o centro onde se encontrava intacto o Grande Sétimo que também começou a irradiar sua luz direcionada a claraboia que existia no centro da Sala Sagrada. A cada palavra pronunciada a energia se potencializava como se fossem sons que alimentassem aquela força.
Aquilo tudo abriu um grande portal por onde a grande Força Cristica isolou temporariamente as energias do mal. Pode se ver um novo céu e uma nova terra sendo criada para um novo tempo. Uma nova dimensão se abriu para todas as criaturas.
A Terra, no entanto ainda tinha que se transformar para receber essa nova frequência e assim o solo tremeu por todos os continentes. Os oceanos invadiram as terras e novas terras foram criadas pela ausência dos mares.
Tudo estava sendo preparado para que a Nova Jerusalém fosse apresentada as novas consciências que habitariam esse novo tempo.
Ao pronunciar as últimas palavras a energia cedeu momentaneamente. Mesmo assim podia se ver a coluna de energia ligando o céu e a terra e se espalhando por todo o Planeta. A luz iluminou o mundo. As trevas cederam diante da luminosidade. A força Crística deu inicio a transformação desde os maiores até os menores elementos desta esfera. Corações que estavam prontos sentiram a força essencial do universo adentrar as suas consciências. O novo dia para toda a humanidade estava surgindo e os primeiros raios desse dia já podiam ser sentidos. 

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