quarta-feira, 20 de março de 2013

Capítulo 32 - A ÚLTIMA VIAGEM


Capítulo 32
A ÚLTIMA VIAGEM
                                                                                                                            
                                                                         


              

Haverá três guerras mundiais. A primeira durará quatro anos, a segunda cinco anos e a terceira cinco meses. A primeira trará a forme, a segunda trará o ódio, a terceira os venenos.
                                                                       Conde Hamon
                                                                                 


                                                                                 

Os homens que acompanhavam o anticristo tiraram o Grande Sétimo das mãos do Papa a força e a entregaram ao filho do mal.
- O Senhor não imagina como procurávamos essa joia, chegamos a pensar que ela era apenas uma criação da mente dos místicos. – disse o filho do mal com os olhos cheios de cobiça.
 - O que você pretende fazer com ela?
- Abrir as portas de uma outra dimensão para este mundo.






O filho do mal mandou recados claros ao Sumo Pontífice, de que conquistando o poder politico e monetário como estava ocorrendo, buscaria agora o poder religioso criando uma única religião para se espalhar pelo mundo e para isso tinha o apoio do falso profeta, aquela que havia conseguido apoio de uma parte dos bispos da própria Igreja Católica Apostólica Romana.
Com esses eventos a viagem que estava agendada pelo Santo Padre à terra escolhida para a nova sede se confirmou. E o mais rápido possível se formou uma comitiva papal que temporariamente se transferiu para longe do conflito mais acirrado.
Nesse dia o filho do mal uivou blasfemando contra a Santa Sé, acusando o seu Pontífice de covarde por ter abandonado o Vaticano sem mesmo ter sido afrontado.
Assim que aterrissou em terras distantes ao Vaticano o líder do Trono de Pedro começou a colocar os seus planos em prática. Chamou seu secretário e lhe fez alguns pedidos:
- Amigo Rafael, gostaria que você convocasse os Cardeais que pudessem estar aqui conosco para que juntos chegássemos a um acordo sobre os caminhos de nossa Igreja.
- Vou precisar de alguns dias, Santidade.
- Tenho a intenção de criar uma segunda sede de nossa igreja nessa nova terra. Isso porque se realmente acontecer o que eu acredito que está por vir com o Vaticano, vamos criar a possibilidade de que ela floresça em outro lugar da Terra.
- Vossa Santidade pensa então em mudar a sede do Vaticano para cá? – falou o secretário querendo entender melhor o que seu líder tinha em mente.
- Não, essas terras serão sede de nossa Igreja, apenas se o Vaticano for destruído.
- Entendo. – respondeu o secretário de forma pensativa.
- Convoque então todos que puderem estar conosco para decidirmos juntos esses novos rumos e tempos para nossa Igreja.
Nesses mesmos dias a guerra do anticristo para levar todo o seu poder para o restante do planeta se intensificou e partindo do oriente na direção do ocidente seu sucesso era avassalador tanto que em poucas semanas centenas de cidades iam caindo diante de seu poder.
Diante da urgência o Santo Padre fez algo que parecia um breve concilio e sugeriu aos seus cardeais que puderam estar presente:
- Sugiro que possamos instalar uma segunda sede do Trono de Pedro nessas terras que vem pelo menos temporariamente sendo preservada das guerras de nosso opositor.
Todos os cardeais sussurram entre si e um deles fez um alerta:
- Não correríamos o risco de criarmos a possibilidade de um novo cisma como aconteceu no passado entre a igreja de Roma e a de Constantinopla?
- Sim Eminência sempre corremos esse risco, só que hoje corremos um risco ainda maior o de que nossa sede no Vaticano seja completamente destruída e assim ficarmos sem uma nau para dirigirmos e também é uma forma de buscarmos descentralizar o poder. – respondeu o secretário.
- Pretendo voltar ao Vaticano por esses dias. – disse o Papa aos seus bispos.
Ouviram-se sussurros altos como que um murmúrio de dor.
- Santidade estará exposto demais e correrá o risco de perder a vida no Vaticano, isso porque o avança do filho do mal sobre a Europa é uma questão de dias. – falou o patriarca de Jerusalém.
- Meu destino é ser fiel até os últimos dias de minha vida em defesa da nossa herança do Trono de Pedro, pois ele foi capaz de doar a sua vida e morrer crucificado de ponta cabeça defendendo sua fé.
Os bispos comentavam entre si de que o Santo Padre realmente era digno de ser denominado de Pedro Segundo.
- Foi por esse motivo que os convoquei. Desejo que façamos aqui nessa terra uma nova sede para uma eventual destruição do Vaticano e mais do que isso, estou convidando a todos os meus queridos Cardeais, principalmente os que perderam suas dioceses, que se quiserem me acompanhar nesse desafio de retornar ao Vaticano e desafiar o filho do mal. – falou o Papa prestando claramente atenção na reação daqueles que se encontravam no ambiente.
- Santidade, sugiro que então nos dividamos em duas frentes. Uma irá com Vossa Santidade de volta ao Vaticano e a outra ficará nessas terras para proteger também nossa fé. Em meu caso decido vos acompanhar e sugiro que o secretário Rafael fique aqui para coordenar a manutenção dessa segunda sede. – falou o Patriarca de Jerusalém.
- Daqui a alguns dias estarei voltando ao Vaticano, aqueles que quiserem me acompanhar tem esses dias para decidir sobre suas escolhas. E quanto a Rafael – disse o Papa se dirigindo ao seu amigo – a ideia de nosso Patriarca tem o meu apoio, se o Cardeal Rafael e todos aqui presentes concordarem Vossa Eminência ficaria aqui para liderar nossa igreja.
Todos os presentes ficaram a espera de uma resposta do secretário.
- Santidade, sou um servo de Deus e de nossa Igreja, aquilo que for decidido por todos nós receberei como uma missão.
- Aquele que porventura discordar dessas nossas decisões tem a palavra. – falou o Papa esperando outra sugestão ou manifestação, que não ocorreu. – Estamos, portanto acordados. Criaremos nessas novas terras santas uma segunda sede que ficará sob a responsabilidade do Cardeal Rafael e consequentemente anuncio o Patriarca de Jerusalém agora meu novo secretário que me acompanhará até o Vaticano com todos aqueles que quiserem ir conosco.
Durante sua estada nessa nova terra, o Santo Padre recebeu aquele que era considerado o novo líder espiritual para o novo tempo. Ele se tornaria o novo messias, aquele que lideraria os homens e os conduziria para a Era do Espírito. O Sumo Pontífice saiu daquele encontro com a certeza de que tinha feito a melhor escolha para descentralizar a Santa Sé.
Depois de alguns dias o Santo Padre estava embarcando de volta ao Vaticano e com ele o seu novo secretário, o Patriarca de Jerusalém. Do Colégio Cardinalício, uma boa parte daqueles que podiam ainda voltar, se dirigiram para as suas dioceses. Uma pequena parte dos cardeais ficou na segunda sede criada e outra grande parte acompanhou o Sumo Pontífice.

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